No mês de Outubro enfatiza-se a conscientização e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, o câncer de colo do útero.
Por isso, apesar de ser um pouco difícil falar sobre o câncer de mama, esclarecer mitos e verdades e falar com quem já passou pela doença pode aumentar as chances de prevenção, tratamento e cura da doença.
Pois é unânime a resposta dos médicos que um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto no início, entretanto, o medo ou a falta de conhecimento fazem com que muitos pacientes não falem no assunto e o diagnóstico por vezes é dado quando já não há mais alternativas de cura.
E essa quase foi a história de Lourdes Maria, uma de nossas queridas funcionárias que descobriu o câncer de mama quando ele já havia passado do estágio inicial.
Confira sua emocionante história de superação e formas de identificar os sinais e fatores de risco.
“O dia 08 de novembro de 2017 foi um dos dias mais difíceis da minha vida, pois fui diagnosticada com câncer de mama.
Foi fazendo exames de rotina, que fui alertada sobre a presença de um nódulo… fiz a biópsia com urgência… foram dias de tortura até o resultado ficar pronto.
Acompanhada pela minha filha, fomos mostrar o resultado do exame ao médico responsável, na esperança de que fossem apenas nódulos. Quando ele disse que se travava de um câncer, fiquei desesperada, me debrucei sobre a mesa e comecei a chorar.
A ecografia e a mamografia que eu havia feito há um ano, já constava BI-RADS 4C, que é um exame que mostra o diagnóstico que permite ao médico analisar as características das lesões mamárias (cistos, nódulos, calcificações) e estimar o risco de ser câncer de mama. Mas infelizmente, o médico responsável na época disse-me que estava tudo certo.
Ficamos revoltados, mas como não se pode voltar ao tempo, nossa preocupação naquela hora foi correr atrás do tempo perdido e a revolta deu lugar à prioridade que era o tratamento.
Na primeira noite, não consegui dormir, apenas cochilei… acordei assustada, fiquei pensando se tinha sonhado… chorei muito…
Decidimos começar o tratamento… foram 16 sessões de quimioterapia… 25 radioterapias… retirada total da mama esquerda… mais 6 meses de quimioterapia oral.
Meus cabelos caíram, mas isso era o que menos me preocupava, queria ficar curada!
Encarar o diagnóstico dessa doença é muito difícil, o tratamento é cruel e doloroso e o sentimento que nos invade é o medo.
Quando você se depara com esse desafio tão grande, é normal sentir medo, mas quando decide encarar, depois que supera esse obstáculo, quando olha pra trás e vê que deu conta, você olha para si mesma e percebe o quanto cresceu com essa situação e sente um orgulho danado da pessoa que se tornou. Amo a mulher que me tornei!” (Lourdes Maria – Colaboradora da Filtros Planeta Água).
Desejamos estimular o diálogo sobre esse assunto e que cada mulher se descubra e cuide de si. Você sabia que a maioria dos cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres? Vamos lá?
O que é o câncer?
O câncer é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais que invadem órgãos e tecidos se multiplicando e formando um tumor.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se o número de 59.700 novos casos de câncer de mama entre 2018 e 2019 e esse é um número preocupante.
Quais são os sinais de câncer de mama?
Conhecer o próprio corpo pode te ajudar a perceber mudança anormais. Por exemplo, é comum que uma das mamas seja maior que a outra ou que tenham formatos diferentes, sabendo disso, quaisquer alterações ou mudanças anormais, poderão ser um sinal ou alerta. Fique atenta para os sinais:
- Caroço ou nódulo;
- Pele avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja;
- Alterações no mamilo;
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços ou pescoço;
- Saída de líquido anormal das mamas.
Não tenha medo! Faça o autoexame das mamas, percebendo qualquer anormalidade, consulte um médico especialista.
Quais são os fatores de risco?
Conheça agora alguns dos fatores de risco para o câncer:
- Obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa;
- Sedentarismo;
- Consumo de bebidas alcoólica;
- Exposição frequente a radiações ionizantes (raio-X);
- Primeira menstruação antes dos 12 anos;
- Não ter filhos;
- Primeira gravidez após os 30 anos;
- Não ter amamentado;
- Parar der menstruar após os 55 anos;
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa;
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa;
- Histórico familiar de câncer de mama;
- Ovário ou alterações genéticas.
Cuide-se! Mantenha uma vida saudável e ativa, isso pode reduzir os riscos do câncer de mama.